Orquídeas
Passam
os
anos, mudam os sonhos e os mundos sempre tão estranhos
Passam
as horas e os meses, passa o tempo e até a estação
A
vida muda, cresces, aprendes lições de diversos tamanhos
Ontem
acordas-te numa cama de montanhas, tão quente no teu coração
Hoje
estás a viver a vida escolhida, na cidade da confusão.
É
estranho o acerto, o compasso, o viver sem manual
Os
amigos que fizeste e que estimas sem nada pedir,
Prova
de quem vive, com o prazer de ser gentil, coisa pouco usual
Ar
altivo, mas a alma, é sempre a de quem não sabe parar de sentir.
Os
teus olhos negros de encantos, emoções fáceis e lugares só teus
Lembram
pássaros soltos, pele com arrepio e o amor verdadeiro
Os
teus sonhos secretos, sempre tão perto e tão longe dos meus
Serão
um dia recordações de um tempo doce, vivido por inteiro,
Este
é o teu dia, dia das flores brancas nos beirais,
Da
criança que correu nos paralelos, da mulher que luta sempre com paixão
Da
gôndola que ainda procura os seus canais
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