O caminho é perpétuamente igual e
a paisagem é a mesma de sempre. Sou eu que vou diferente, vou exausta. A mesmice
das sensações e da vida estraga-me a alma e o canto que tinha sonhos. Ela
devasta.
Os cabelos agora tingidos de
branco abrem-me a porta das preocupações. Queria ser mais, cuidar mais, estar
mais e abraçar tanto e tudo.
Apesar de úteis os meus caminhos
estão errados. Apesar de aparentemente fortes as minhas escolhas fracassaram. Começo
a perceber isso quando deixo tudo e vou à procura do nada. Um nada frutuoso e confortável
que nunca deixará de ser tão pouco.
O meu bem-estar de nada serve quando
vejo na minha frente o tempo esvair-se nas mãos que em breve já não vão ter
onde (se) agarrar.
A luta de nada serve se não tenho
por quem lutar! Será que ainda há tempo para voltar?
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