Porque a vida não se
resume só a maravilhas, nem a sonhos, nem a prazeres, porque o país atravessa
uma fase muito complicada e eu não sou de todo indiferente a isso.
Também sofro na pele as intempéries
da economia, embora tenha consciência, que faço parte do grupo de jovens privilegiados, que têm trabalho, pagam as suas contas e ainda podem usufruir
de pequenos/médios luxos.
O Asas, é na sua génese um
blog de viagens, mas esta minha mente, nunca para! Quero ir mais longe, mais
longe do que os aviões nos levam.
E se voássemos até ao país
dos sentimentos, das dúvidas, dos medos e dos sonhos de quem nos rodeia?
Sem quaisquer pretensões
lucrativas ou profissionais, quero voar ao fundo das almas, compreender de que maneiras
as nossas asas foram cortadas com a actual situação económico-social do país e
do mundo. Onde ficaram os sonhos? Que futuros imaginam? Que voos podem fazer?
Pensei numa entrevista ao estilo do admirável programada da sic
“Alta Definição”, mas depressa percebi que não tenho os meios necessários e
provavelmente também não teria pessoas a confiar em mim e no meu “trabalho”
para uma maneira tão exposta, com é um vídeo.
Não faz mal, quem não tem cão, caça com gato! Farei a
dita, de uma maneira mais arcaica, ou seja escrita e se o entrevistado
preferir, de forma anónima.
O que pretendo com isto? Nem
eu sei. Talvez apenas partilhar experiências de quem esta no mesmo barco e luta
todos os dias, para que ele não se afunde. Perceber a dimensão dos problemas de
alguns ou das facilidades de outros, comparar realidades e promover a
solidariedade. Sobretudo tentar entrar no coração de alguém e não sair sem lhe
deixar uma mensagem de esperança.
Se quiserem pode ser
também um protesto, ainda que de forma suave, será uma maneira de deitar cá
para fora o grito que alma prende.
Tenho grandes expectativas
e acho que vão ser viagens extraordinárias.
Vamos voar pelos lugares
de dentro?
São viagens exclusivas…
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