Amanhã é o último dia dos meus 25
anos. É estranho pensar assim, é estranho pensar num tempo que não volta nunca
mais.
Gosto de balanços, às vezes só
quando faço o balanço de um determinado período de tempo, é que percebo que afinal
não foi assim tão mau. Acho que toda a gente, pelo bem da sua saúde mental,
devia fazer balanços.
Seria injusto, considerar este período
de tempo, negativo. Os meus 25 anos foram libertadores, se é que os posso descrever
em uma palavra, sem ser redutora.
A nível profissional e pessoal conquistei
liberdades, que nem eu imaginei que pudesse alcançar em tão tenra idade.
Este ano, comecei a viver sozinha,
o que para mim representa um grande passo. Acho que tudo tem o seu tempo e a
sua idade, dependendo obviamente da própria pessoa.
Eu vivi e muito bem com os meus
pais, vivi e aprendi muita coisa ao partilhar casa com estudantes e mais tarde
com amigos, mas agora era a hora de ter o meu espaço. Estou a adorar esta experiencia
de descobrir coisas sobre mim e aprender a conviver comigo. Quando se vive
sozinho, tem-se muito tempo para se auto aprender e auto compreender. Acho que
toda a gente devia passar por isto!
Ao nível da minha personalidade, curiosamente
estou menos aguerrida! Já não me chateio com muita coisa, já passo lado de
muita coisa, já ignoro muita gente, o que antes era-me difícil. Dizem que estou
a crescer!
Aconteceram felizmente, mais
coisas boas como as amizades que ficaram, as que se fizeram, o amor que se fortaleceu.
Por aí.
Parte menos boa! Com 25 anos, levei
duas ou três chapadas. Chapadas da vida, daquelas que não te esqueces, eu pelo
menos eu nunca vou esquecer.
Primeira chapada, as pessoas não
estão preparadas para a sinceridade. Não adianta, em determinadas merdas, vale
mais estar calado. As pessoas não sabem ouvir, alteram o que tu dizes,
interpretam mal e a partir do momento em que certas palavras saem da tua boca,
estás lixado.
Lição nº 1: Não dês opinião, nem
conselhos, a menos que te os peçam. E mesmo assim pensa 10 vezes antes de
falar.
Segunda, a manipulação está na
moda! E ninguém é tão forte ou isento que não possa cair nela. As pessoas
magoam-se umas às outras sem a mínima necessidade, noção ou pena.
Lição nº2: Isto é uma selva! E nada
neste mundo vale a tua dignidade ou o teu amor-próprio. Ninguém tem o direito
de manipular, usar ou seja lá o que for, aquilo que só a ti te pertence, a tua
vida!
Terceira e última, o amor, tal
como eu imaginei, durante 25 anos, não existe. Que bom que descobri! Não há
volta a dar a isto, fico triste para ser sincera, mas a realidade é esta.
Podem-me falar em conveniências, erros
de percurso, medo da solidão, ego inchado, atracções, atractivos físicos ou financeiros,
mas não me falem em amor.
Lição nº 3: Vive com sinceridade,
aquilo que os outros fazem ou te fazem não está nas tuas mãos. Vive e ama com o
coração, sem esquemas e mal-entendidos. O que for teu, será teu…
E é isso.. coisas boas e algumas
aprendizagens, que mais se pode pedir?
Esperança! E venham daí os 26..
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