Nem
tudo é mau, quando bates com o nariz no chão, quando a vida de dá aquele sinal
que alguma coisa está mal e que te cabe a ti, mudar isso.
Aquilo
que acreditaste e insististe durante anos, afinal era apenas a tua maneira de
ver e que nada importa agora, deixou de fazer sentido.
Divirto-me
com as voltas que isto dá.
Já
errei tanto. Já pensei que as coisas que eram fixas, inalteráveis… mas elas não
são. E isto é válido para a sorte e para o azar.
Poderia
dar imensos exemplos pessoais, mas vou apenas pegar num deles: as viagens, que
me fazem tão bem.
Quando
era miúda, achava que nunca sairia de uma pequena aldeia, não via caminhos para
fugir disso, do mesmo, do sempre igual. A vida deu a volta e eu conheci e senti
cidades, países e um bocadinho do mundo. Hoje queixo-me, a frustração de não poder ir mais vezes, ver mais, sentir mais, é
grande, mas até que ponto serei íntegra se não perceber, que o desejo inicial
se cumpriu?
Não é resignação, é só justiça.
E isto acontece repetidamente na
nossa vida, nós não conseguimos identificar as voltas. A volta boa, que a vida
deu, e nem as más voltas que teve que dar para obrigatoriamente existir uma
mudança de rumo.
Não gosto de ser mal-agradecida. Mas
às vezes sou.
A ambição é uma coisa perigosa, quando
é desmedida. Uma coisa é ser lutador, é não esperar que as coisas nos aconteçam
e lutar por elas, outra completamente diferente é não dar valor a uma etapa,
porque já se pensa na seguinte.
Engraçado como a vida te vai dando e
tirando. Às vezes parece que colocou algo ou alguém para nos ensinar alguma
coisa.
Para nos fazer ver, que isto é único.
Este momento é raro.Raro demais para sorrir pouco, para
querer desalmadamente coisas muito difíceis.Não há tempo para querer impossíveis,
é tempo de viver com o que se tem. Uns dias melhores, outros piores. Uns dias
mais abonados, outros menos. Mas sempre com esperança, fé e luta saudável.
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