terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pausa para a poesia - Quero-a ilimitada

Lavo-te a alma cansada
Eu sei, não sobrou nada
Terá a vida que ser menos sonhada?
O afecto não acredita em ti
Tiveram uma luta tão feia
Cortas-te os laços com a sociedade
E pouco te interessa a felicidade alheia
És flor ou apenas planta que cresce torta
És músculo onde o sangue secou
E desistes de bater naquela porta
És o corpo da crueldade,
O desapontamento é a cinza da tua utopia
Perdes no meio da multidão, a simplicidade
E sentes-te sempre, tao vazia.
Corres e nem sabes para onde, esvoaças
Encontras sempre o mesmo fim
Não passas de ameaças
E viver, não vives assim
Lavo-te a alma cansada
Eu sei, não sobrou nada
Terá a vida que ser menos sonhada?
Quero-a ilimitada




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