O
desejo de visitar Amesterdão existia desde sempre. Talvez a minha ânsia por
liberdade tivesse esperança que esta cidade respondesse às perguntas e inquietações
que me perturbavam e perturbam diariamente.
Não
foi uma viagem muito planeada, pensamos em ir em Novembro, em Dezembro estávamos
lá. Ficamos apenas três dias e por isso ficou muita coisa ficou por ver. Ficamos
no Hostel Slotania.
Falar de
Amesterdão?
Amesterdão é Meca do
não-preconceito, respira-se liberdade, é uma cidade linda com os seus canais
nostálgicos, uma cidade com mais bicicletas que carros, já imaginaram?
Coffee shops
alternativas, Red Light District a abrir as portas da mentalidade, casas barco a apelar
a um modo de vida diferente.
Uma cidade liberal,
mas nem por isso adepta da libertinagem, quem pensa que vai para Amesterdão
fazer o que lhe dá na gana, está redondamente enganado. Existe muita liberdade
sim, mas também existem regras.
Toda a gente devia ter
direito a ir pelo menos uma vez na vida a Amesterdão.
Passei lá pouco tempo
para fazer um roteiro, posso apenas falar das experiências e sensações que a
cidade me transmitiu.
Em primeiro lugar,
Amesterdão é linda enquanto cidade. Não é preciso entrar em nada, nem
gastar dinheiro nenhum, a paixão surge apenas ao passear nos canais entre as
casas finas e coloridas desta cidade apelidada de Veneza do Norte. Tive o
prazer de passar no Vondelpark um sítio verde em pleno centro da cidade.
Não posso deixar de
referir que os museus, nomeadamente o Museu
Van Gogh e o Rijksmuseum valem a pena, para quem obviamente é apreciador de
arte. Ao Rijksmuseum eu não fui, esperei por uma das minhas companheiras de
viagem que entrou, num parque, atrás do museu (onde existem as conhecidas
letras i amesterdam), a beber um cappuccino, que me soube pela vida no frio do
Dezembro Holandês. Não fui simplesmente porque não tinha vontade, nestas
viagens curtas acho que ir a todos os museus é desperdício de tempo. Fico sem
tempo para observar as pessoas, enquanto observo a arte.
Em relação à Casa de
Anne Frank, apesar de ser um sítio “pesado”, vale a pena, todos nós já ouvimos
falar do regime nazista, da perseguição e caça aos judeus, nem que seja dos
livros de História. Mas apenas quando nos debruçamos sobre isso desta maneira
(real), é que cai a ficha.
Anne Frank foi uma
adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto que morreu aos quinze
anos de idade num campo de concentração. Tornou-se conhecida com a publicação
póstuma de seu Diário, no qual escrevia as experiências do período em que sua
família se escondeu da perseguição aos judeus em Amesterdão. O conjunto de
relatos que recebeu o nome de Diário
de Anne Frank, foi publicado
pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do
século XX.
O Red Light District é
realmente um mundo à parte, não é que não se saiba o que é a prostituição mas
aquele à vontade como se fazem as coisas é surpreendente, até mesmo para mim
que me considero uma mente aberta. Basicamente aquilo são pequenos quartos com
uma montra, montra, essa que tem uma luz vermelha, onde meninas de todas as
nacionalidades, cores e feitios se mostram aos possíveis clientes. Tudo isto
sem o menor preconceito nem vergonha. Estão sem dúvida vários passos à nossa
frente em termos de mentalidade.
As famosas Coffee
Shops têm um ambiente muito agradável, há gente de todas as idades e classes
sociais a fumarem o seu charro, sem problemas nenhuns. Uma coisa que eu não
sabia é que eles têm regras neste aspecto, a drogas leves são efectivamente
legais no país mas existem sítios específicos para o consumo. Outra coisa
engraçada é que se pode comprar e consumir droga nas Coffe Shops, mas não
existe álcool à venda.
É interessante esta dose controlada de liberdade… acho que é do género, ok nós somos liberais mas é necessário controlar algumas coisas, para que isto não vire uma selva.
Amesterdão, é uma
cidade fantástica, quero muito voltar e desta vez com mais tempo.
Tot ziens !! (Até breve)
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