Talvez a maturidade seja aceitar aquilo que não
podemos mudar e viver bem seja viver em paz com o que somos. A felicidade está
no deixar que as guerras se apaziguem por si, deixar de lado as lutas inúteis e
se eu tenho entrado em guerras perdidas.
Oiço tantas vezes as pessoas dizerem que só nos devemos
arrepender do que não fizemos e que se não tentarmos, nunca saberemos. Usamos
essas máximas com desculpas perfeitas para fazer o que nos apetecer, afinal só
se vive uma vez. Mas não é bem assim…Muitas vezes as nossas loucuras deixam
marcas profundas e um arrependimento que vai durar para sempre.
Há loucuras e há demências. Contigo eu deixei de ser
uma louca satisfeita, para passar a viver na insanidade. Tu fizeste-me doente e
eu deixei. São aberrações como tu que fazem as pessoas felizes ficarem feridas
para o resto do tempo. E o tempo é tão curto.
Mas não, a culpa não é tua, a culpa das tuas
monstruosidades é de pessoas como eu. Porque pessoas como eu acreditam sempre
nas promessas quebradas que pessoas inúteis como tu erguem sem pensar. Porque
pessoas como eu dão o melhor que têm. Dão tanto a tão pouco. E se eu dei.
Não é amor, já não é nada que se compare a isso. Eu
aceito todos os dias um pouco mais que cometi um erro e que nunca vou poder
mudar isso. Mas ainda dói… se dói. Dói na alma rasgada por ti. Uma ferida que
já nada tem de sentimento magoado. Uma ferida de revolta é mais grave.
Como se me queimasse a garganta sempre que passas por
mim com esse ar de quem domina o mundo. Logo tu que não vales nada. És a prova
que grandes mulheres também se iludem e também choram. E se choram.
Eu cheguei até aqui com a plena consciência que tu
foste o meu maior equívoco. Mas o que importa agora é como é que se vai daqui
para lá. Porque o amor é o meu património e tu nunca o conseguirás destruir. Pode
ser tarde demais para escrever esta carta…mas não é tarde demais para mim.
Para todas as mulheres que tiveram o azar de se cruzar
com um filho da puta.
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