Tenho a certeza que enquanto
escrevo isto deves andar com mil coisas na cabeça, como sempre. Estarás provavelmente
preenchido com todos os sonhos que cruzas, tu sempre acreditaste neles. Era das
características que eu mais amava em ti, sempre o mais autêntico.
Enquanto escrevo isto tento
imaginar como será a tua nova vida, imaginá-la sem mim. No meio dos meus
pensamentos nunca deixo de lamentar como fomos tão próximos e como de repente
somos estranhos um ao outro, nunca deixo de sentir falta que me digas que vai
ficar tudo bem.
Nem todas as relações que
terminam deixam saudade, existem pessoas que embora nos façam sofrer sobretudo
pelo hábito que tínhamos de estar junto, pouco tempo depois… não deixam
saudade. Em pouco tempo não nos lembramos mais do cheiro da pessoa, das
conversas que tivemos ou do toque de alguém que nunca nos marcou. Talvez a
diferença entre os grandes amores e as pequenas coisas resida na lembrança que
deixa, quando acaba.
Existe aquela pessoa que nós
nunca esquecemos. Aquela pessoa que ao longo do tempo podemos ser obrigados a
guardar, conservar como a melhor lembrança de todas e que temos plena consciência
que ninguém, por melhor que seja, poderá ocupar um lugar que já está ocupado. Esse
é o teu lugar.
Quando as coisas são assim
qualquer mágoa é superada pelo desejo infinito de ver esse amor irrepetível feliz.
O verdadeiro amor deixa-nos livres… livres de egoísmos. Por mais que
determinada pessoa seja o nosso mundo, amar é aceitar que não somos mais o
mundo de alguém e sofrer por isso, claro.
Enquanto escrevo isto sinto a tua
falta e sei que vai ser assim para sempre. Não acredito em exaltações fulminantes
que acabam por se desvanecer na presença triste de uma nova atracção, acredito
em empatia, amizade crescente que não sufoca e se transforma no que tu e eu
fomos.
Nós fomos. Nesse momento eu soube
que eras infindo em mim.
P.s. Até logo meu amor, não arranjei
melhor forma de dizer que te amo.
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