A vida às vezes mete-nos em cima do muro, e nós sabemos que
mais cedo ou mais tarde, temos que escolher um lado. A vida em cima do muro não
é segura, nem confortável. Quando saltamos, sabemos que deixamos
inevitavelmente coisas do outro lado. E dói…
Tu e eu tivemos demasiado tempo em cima do muro, tu nunca
tiveste intenção de saltar, e esse foi o teu maior erro. Querer o impossível.
Quando não saltamos, não decidimos, não vivemos. E eu quero
muito viver. Não saltas tu, salto eu…
Um dia acordo e percebo que subi esse muro, para dar valor a alguém
que queira o que sou por inteiro, sem metades, sem espaço para mais ninguém,
sem modificações, sem mentiras, sem ilusões. Porque se não for assim, então meu
amor, eu não quero.
A vida segue, passa, e esquece os amantes imperfeitos, os
muros e os amores impossíveis. E eu espero que passe… e que esqueça também.
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