Disse que eu era tão rara, é incontrolável, dizíamos
Era real, essa paixão que não foi,
Amor não é amor, sendo assim tão findável
Esquecemos tudo e partimos para nos encontrarmos
Com falsas penas, de quem mata com tom amigável
Arrependimento na pele cortada por gelo desiludido,
Vens e bebes em mim, e vens..
E voltamos a engolir o sentimento meio fingido,
E passas por mim, como se abanasses o templo
E matas-me, vens e bebes em mim, e vens..
E choras, esmagas orgulhos, com o teu olhar
Disse que eu era tão fria, é amor, dizíamos
Era certo, essa certeza que nunca existiu
Vida não é vida, sendo assim metade
Esquecemos tudo e partimos para nos afastarmos
Com falsas esperanças, para nunca mais voltarmos
Saudade na pela suja, pelo errado,
Vais e não me segues, e não vens..
E voltamos a seguir as vidas do costume
E passas por mim, não nos vemos
E eu vivo, vais e não me segues, e não vens
E ris, vives e morres a tentar ser assim feliz.
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