quinta-feira, 6 de junho de 2013

Holanda - Amesterdão- O sonho

O desejo de visitar Amesterdão existia desde sempre. Talvez a minha ânsia por liberdade tivesse esperança que esta cidade respondesse às perguntas e inquietações que me perturbavam e perturbam diariamente.


Não foi uma viagem muito planeada, pensamos em ir em Novembro, em Dezembro estávamos lá. Ficamos apenas três dias e por isso ficou muita coisa ficou por ver. Ficamos no Hostel Slotania.


Falar de Amesterdão? 

Amesterdão é Meca do não-preconceito, respira-se liberdade, é uma cidade linda com os seus canais nostálgicos, uma cidade com mais bicicletas que carros, já imaginaram?

Coffee shops alternativas, Red Light District a abrir as portas da mentalidade, casas barco a apelar a um modo de vida diferente.

Uma cidade liberal, mas nem por isso adepta da libertinagem, quem pensa que vai para Amesterdão fazer o que lhe dá na gana, está redondamente enganado. Existe muita liberdade sim, mas também existem regras.

Toda a gente devia ter direito a ir pelo menos uma vez na vida a Amesterdão.

Passei lá pouco tempo para fazer um roteiro, posso apenas falar das experiências e sensações que a cidade me transmitiu.


Em primeiro lugar, Amesterdão é linda enquanto cidade. Não é preciso entrar em nada, nem gastar dinheiro nenhum, a paixão surge apenas ao passear nos canais entre as casas finas e coloridas desta cidade apelidada de Veneza do Norte. Tive o prazer de passar no Vondelpark um sítio verde em pleno centro da cidade.

Não posso deixar de referir que os museus, nomeadamente o Museu Van Gogh e o Rijksmuseum valem a pena, para quem obviamente é apreciador de arte. Ao Rijksmuseum eu não fui, esperei por uma das minhas companheiras de viagem que entrou, num parque, atrás do museu (onde existem as conhecidas letras i amesterdam), a beber um cappuccino, que me soube pela vida no frio do Dezembro Holandês. Não fui simplesmente porque não tinha vontade, nestas viagens curtas acho que ir a todos os museus é desperdício de tempo. Fico sem tempo para observar as pessoas, enquanto observo a arte.

Em relação à Casa de Anne Frank, apesar de ser um sítio “pesado”, vale a pena, todos nós já ouvimos falar do regime nazista, da perseguição e caça aos judeus, nem que seja dos livros de História. Mas apenas quando nos debruçamos sobre isso desta maneira (real), é que cai a ficha.
Anne Frank foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto que morreu aos quinze anos de idade num campo de concentração. Tornou-se conhecida com a publicação póstuma de seu Diário, no qual escrevia as experiências do período em que sua família se escondeu da perseguição aos judeus em Amesterdão. O conjunto de relatos que recebeu o nome de Diário de Anne Frank, foi publicado pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do século XX.

O Red Light District é realmente um mundo à parte, não é que não se saiba o que é a prostituição mas aquele à vontade como se fazem as coisas é surpreendente, até mesmo para mim que me considero uma mente aberta. Basicamente aquilo são pequenos quartos com uma montra, montra, essa que tem uma luz vermelha, onde meninas de todas as nacionalidades, cores e feitios se mostram aos possíveis clientes. Tudo isto sem o menor preconceito nem vergonha. Estão sem dúvida vários passos à nossa frente em termos de mentalidade.

As famosas Coffee Shops têm um ambiente muito agradável, há gente de todas as idades e classes sociais a fumarem o seu charro, sem problemas nenhuns. Uma coisa que eu não sabia é que eles têm regras neste aspecto, a drogas leves são efectivamente legais no país mas existem sítios específicos para o consumo. Outra coisa engraçada é que se pode comprar e consumir droga nas Coffe Shops, mas não existe álcool à venda. 

É interessante esta dose controlada de liberdade… acho que é do género, ok nós somos liberais mas é necessário controlar algumas coisas, para que isto não vire uma selva.

Amesterdão, é uma cidade fantástica, quero muito voltar e desta vez com mais tempo.






Tot ziens !! (Até breve)

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