sábado, 22 de junho de 2013

Pausa para o Pensamento - Nuvens

Lisboa , 20 de Abril de 2008

São oito horas, sento-me aqui em frente a esta janela, já não chove! Olho a rua vazia demasiado calma, o vento que sopra gela uma alma fria! As nuvens cinzentas fazem adivinhar uma tempestade como se da minha alma se tratasse, neste céu há demasiadas nuvens !
Nuvens em forma de coisas pouco claras ou mal esclarecidas, coisas complicadas ás vezes sem complicações. Nuvens em forma de magoa de desilusão e de duvida !
A noite cai, enegrece a alma, a luzes nas janelas dos prédios são esperanças em novos rumos.
A rua agora escura e fria é minha única companhia, fecho os olhos, admiro este silencio tão pouco vulgar, procuro a resposta neste meu céu nubloso, e os minutos passam! 
Fico aqui apenas a olhar esta rua, a ouvir o silencio que me toca, a sentir este vento que me arrepia, a entender este pensamento tão meu e ato pouco claro. Imagino que me tocas e sinto saudades! Sinto saudades assim como sinto falta dos dias sem nuvens. Desejo um abraço que esta rua não me pode dar! queria ter-te aqui. Este silencio torna-se feroz, há uma invasão de pensamentos que só terminam com o rumor da tua voz. 
Acendo um cigarro ! Um avião quebra este silencio , rompe estas nuvens, faz-me lembrar que para estar junto não é preciso estar perto! digo para mim mais uma vez que te amo, mas depressa a nuvens rompidas se voltam a juntar! As nuvens sempre estas nuvens! Tudo se torna distante, esta rua esta no fundo igual e hoje é mais um dia de chuva banal! E eu aqui sou livre, sou feliz porque estas nuvens não escondem o meu céu.
São nove e meia, já chove ! fecho a janela ...as nuvens desaparecem !

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