sábado, 22 de fevereiro de 2014

Pausa para a crónica - Alta velocidade – viver a vida ao máximo ou pôr a vida em risco?

Hoje vou falar de um assunto muito complicado, para mim.

Não sei explicar de onde nasceu o trauma, acho que terá a ver com a morte de uma amiga, num acidente de viação, entre outras coisas.

Facto é, que se me perguntarem, preferes andar de avião ou de carro, eu prefiro 1000 vezes o avião.

Não consigo andar com ninguém a grandes velocidades, e já cheguei mesmo a pedir para sair do carro.

E vou continuar a fazer isso, sempre que não me respeitarem.

Quando falo em grandes velocidades não estou propriamente a falar de grandes velocidades, tudo o que seja acima dos 90 km, já me incomoda.

Escusado será dizer, que eu quando conduzia, era um caracol e gostava de ser. O facto de hoje não conduzir, acho que está relacionado com isto tudo, também.

Portanto é difícil dar uma opinião isenta, a um tema como este. Mas que se lixe, não vou nada ser isenta. Vou mesmo dizer que a velocidade é uma merda.

Não percebo a piada, compreendo que tal como eu gosto de escrever, existam pessoas atraídas pela velocidade, tenho que entender isso.

Mas não tem nada ver, escrever não me mata!

Não me entra na cabeça, como é que há pessoas que para além de colocar a vida em risco, ainda o fazem com pessoas dentro do carro, ainda o fazem, com crianças dentro do carro.

Ok, eu percebo perfeitamente que os acidentes acontecem a qualquer velocidade, mas a alta velocidade não será sempre algo mais aparatoso?

Para mim, não se trata realmente de viver a vida ao máximo, viver a vida ao máximo na minha opinião é mesmo andar cá!

Não entendo, essa fixação que principalmente os homens têm em carros de alta cilindrada e afins. Atenção que eu não percebo ponta de carros, mesmo!

Mas há necessidade? E depois ainda alteram os carros, supostamente porque eles andam pouco?

É inconcebível para mim. Que me desculpem os meus amigos, fãs desta coisa dos carros.

Vou dar um exemplo, eu não gosto de velocidade, mas vi e gosto dos filmes “Velocidade Furiosa”, Paul Walker, actor, de quem eu gostava muito, falecido a 30 de Novembro de 2013 num acidente de viação, disse uma frase do género, se eu morrer por causa da velocidade, considerem que morro feliz, qualquer coisa assim. Isto para mim é uma estupidez, mas qual morro feliz? Feliz era ele cá andar, a fazer mais filmes que a malta gosta, a criar a filha e a viver, isso sim, é que era porreiro.

Enfim, não concordo mesmo com essas coisas. Um amigo disse-me que os carros são para nos servir, não são para eles se servirem de nós.

Para mim é mesmo isso, sei que não podemos voltar todos para o burro e para a carroça. Mas tem que haver limites.

Esse pessoal que se mete aí a conduzir que nem um maluco, só para se fazer de bom, mete-me raiva. E muitos nem unhas têm para fazer o que fazem! Sim porque existem pessoas que podem e outras que não. Capacidade de condução é como qualquer outra capacidade humana, há os que têm mais e outros menos.

A malta tem que ter mais consciência, da maneira com conduz, da velocidade, do que faz na estrada e mete em perigo outras pessoas, do álcool, infelizmente há cada vez mais pessoas a não terem a mínima consciência de que beber e conduzir, não é nada bom, e não é pela puta da multa, é mesmo porque te podes matar e mais grave que isso, matar quem não tem culpa da tua estupidez.

É isso amores, fica a opinião.  



Outra coisa que me irrita: Os putos saem da escola de condução a pensar que têm asas. Seria bom, que os instrutores e as pessoas próximas lhes fizessem ver que a carta apenas dá a autorização para conduzir. A experiência de estrada, os anos e a responsabilidade é que fazem os condutores.

O meu examinador disse-me no dia quem tive a minha autorização: "Você é boa, mas os acidentes acontecem aos melhores", e eu nunca mais me esqueci disso. 

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